conclusões prudentes

Ana
2 min readApr 1, 2024

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não falo como você fala mas vejo bem o que você me diz sem que nenhuma palavra saia da tua boca. ou quando todas saem e não vejo o que sinto. o mundo no final acaba parecido com o que vejo e o que sinto muitas vezes faz sentido e outras não vejo sequer um motivo, mas sinto tão fundo tudo e não digo que sinto pois não vejo o que você diz que sente. não há nada que me explique que repita que consiga fazer sentido quando saem da tua boca coisas que ninguém procura mas algumas esperam. o arco-íris tem sete cores mas vem e vai embora sem volta. julga, atende, explica as razões próprias. os juízos incertos acontecem ao mesmo tempo nem eu sei direito. esperei o vendaval passar e hoje sou juiz suprema numa balança de duas medidas. a semente que plantaste brotou ao mesmo tempo que perdi a hora. quando olhei pro lado o sol nasceu e eu rezei meses por um dia de calor. o que está acontecendo já aconteceu. sobra tempo e me liga pra relembrar como é quente por dentro. pra lembrar o quanto eu te quero dentro. se quiser alguém pra ser só sua, pode esquecer. esquece que tanto faz e tanto fez. tanto fui ao passo que nem vi ou então não terás jamais a chave do meu coração. eles ainda se lembram, se arrependem e vagam buscando a mesma sensação que nunca mais terão. a primeira onda ninguém esquece. o que aconteceu ainda está por vir. repara, essas convicções disfarçadas não passam batidas pelo olfato apurado. registra em câmeras, em tons, o amor que viveu. quero honras e promessas, tu já conhece minhas verdades. sem perdão de graça, só benção pra seguir. as curas se iniciaram e o resto é história.

daqui, de hoje em diante, todo dia vai ser o mais importante.

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Ana

mistura heterogênea de múltiplas fases e faces