o caminho pra lugar nenhum

Ana
1 min readMay 20, 2024

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escrevo como quem tem pressa de sair pressa de chegar em algum lugar que nem sei se quero. se o tempo é uma ilusão não me peça pra ter calma não me peça pra seguir tuas normas poéticas patéticas isso nunca me interessou lembrei de um outro homem falando sobre esse negócio não pertencer a um tipo especial de pessoa mas tem gente que não sabe ler, sabe ler mas não interpretar e os homens não sabem de quase nada, pois foi o que faltou nas aulas de português. amo o silêncio mas odeio a calma e o capítulo do livro que traz um texto sobre o exílio no beleléu daquele cantor medíocre que distribui flores. versos também são escritos dentro do ônibus. eu não tenho pena dos traídos, mas respeito as conveniências. eu não suporto conchavos, mas ligo pra aparências. um poema não é só como quem começa e mesmo perdendo-se em si consegue lembrar de alguma parte um detalhe ou outro. não se pode falar de amor de outro jeito, mas esqueceram que não ouço só o canto dos pássaros o grito dos peixes em árvores bonitas. tomo banho em mares azuis e é exatamente por isso que também sou poeta.

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Ana

mistura heterogênea de múltiplas fases e faces