o velho e o novo

Ana
1 min readJun 12, 2024

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desejos irracionais escorrem líquidos por mãos trêmulas enquanto viajam pelos corpos de quem nunca esqueceu. o tempo passa e eu negocio espaço com quem fui e com quem eu quero ser. passa também na televisão uma filmagem das tribos indefinidas que dissolvem tramas de outros planetas e resolvem não manter contato com civilização qualquer, e sabe o que mais? me intriga sermos um enigma aos olhos do destino. queria saber se você ainda lembra, queria te dizer que eu nunca esqueci. como esses pontos se encaixam nessa história? te interessa ficar e me dizer o que pensa? ou prefere que eu vá e te diga o que sinto? me interessam tantas coisas nossas, todas as coisas tuas. tudo que leva em si teu nome me interessa. sinto que posso te dizer qualquer coisa, acho que já te disse coisa demais. me encanta que você diz o que diz, sem dizer. e sente tanto sem falar, mas quando diz consegue navegar por oceanos ainda inexplorados. me pergunto se além do tempo que perdemos, ficou pra trás também o que nos juntou. contar nos dedos todas as horas em conjunto, é que algumas coisas acabam antes mesmo de chegar nosso desejo que acabem. usando fronteiras para demarcar os limites entre o antes e o agora.

dedico a você meus sonhos mais bonitos.

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Ana

mistura heterogênea de múltiplas fases e faces